O novo crédito à habitação continua a acelerar em crescimento. Depois de em Outubro os bancos terem emprestado mais de 1.200M€ em crédito para a compra de casas, as novas operações voltaram a atingir novos aumentos, chegando aos 1.353M€ em Novembro de 2021, maior que os últimos máximos de 1.350M€ em Julho, segundo os dados divulgados pelo Banco de Portugal (BdP). Como tal, Novembro do ano agora passado torna-se o 9.º mês consecutivo em que os bancos cederam mais de 1.200M€ em novos créditos à habitação.
Acumulando os primeiros 11 meses de 2021, os bancos emprestaram um total de 13.773M€ para a aquisição de habitações, um novo máximo que não acontece desde o mesmo período em 2017, ano em que foram concedidos mais de 17M€ para a compra de casas casa. Face ao mesmo período do ano antes, 2020, as novas operações de crédito à habitação demonstraram um aumento de 35%.
Perante taxas de juro muito baixas, algo que já acontece há muitos anos, os bancos têm vindo a apostar neste género de crédito por forma a reforçar a sua rendibilidade. O setor tem intensificado a guerra de spreads, numa tentativa de ganhar mais clientes e roubar negócio à concorrência, demonstrando uma possível corrida ao imobiliário durante a segunda metade de 2021.
Crédito à Habitação na Banca em Espanha e em Portugal
Os bancos espanhóis Bankinter e Abanca foram dos últimos a reforçar esta linha de crédito, incluindo vantajosas condições. O primeiro implementou, até ao final do mês passado, uma campanha promocional onde oferecia um spread mínimo de 0,9% para todos os contratos à habitação acima de 150.000€. Por outro lado, o segundo banco espanhol aqui referido, está de momento a comercializar uma taxa fixa de 0,5% durante o primeiro ano de contrato de crédito, onde depois se aplica uma taxa variável com um spread que pode baixar até aos 0,95%, para clientes que obtenham a bonificação máxima de 1,5%, mediante a contratação de outros produtos do Abanca.
Em Portugal, as taxas de juro no crédito para comprar uma casa tiveram uma subida face ao mês de Outubro. Afirma o BdP que “a taxa de juro média subiu para 0,83%, acompanhando a evolução da Euribor a 12 meses, indexante mais utilizado no crédito à habitação“.
Para além do crédito à habitação, também o crédito ao consumo aumentou face o mês de Outubro do passado ano. Foram emprestados por volta de 459M€ com a finalidade suprarreferida, sendo que um mês antes tinham sido emprestados à volta de 410M€. Já o crédito para outros fins chegou aos 248M€ em Novembro de 2021, quando que em Outubro tinham sido 217M€. Concluindo e feitas as contas, os bancos portugueses emprestaram um total de 2.061M€ às famílias durante o penúltimo mês do ano agora passado.
Fonte: Jornal de Negócios