Com a abertura de novas lojas de proximidade em Lisboa e a expansão de centros comerciais como principal tendência do setor de retalho no mercado imobiliário nacional, no primeiro semestre de 2019 foram registados 311 milhões de euros em investimento comercial imobiliário.
Segundo dados da consultora Worx, os espaços de comércio de rua apresentam uma tendência crescente que conjuga o tradicional e o cosmopolita e que tem sido cada vez mais procurado por portugueses e estrangeiros.
“Verificou-se neste primeiro semestre de 2019 que o mercado do comércio de rua, que liderou a dinâmica no setor do retalho no ano passado, continuou a dar mostras de grande dinamismo com a abertura de cerca de 100 novas lojas em Lisboa”, refere em comunicado.
Segundo a consultora, os setores melhor representados foram Restauração, Moda & Acessórios e Decoração & Design.
Principalmente nas grandes cidades portuguesas, é visível a mudança de perceção e dinâmica dos consumidores, que procuram alternativas mais próximas das suas áreas residenciais, aliviando a procura por grandes estabelecimentos comerciais.
Os serviços modernos requeridos através de smartphone para entrega ao domicílio e as lojas de conveniência de bairro são conceitos que têm ganho elevada popularidade e que contribuem para esta nova dinâmica do mercado de comercio de rua.
Sonae aposta em lojas Bom dia e não prevê Hipers
Como exemplo desta tendência, a Sonae prevê um segundo semestre bastante atrativo com a abertura de novas lojas Continente Bom dia. Estas lojas da marca Continente têm como características a sua dimensão reduzida e a proximidade ao cliente cujo sucesso levou à abertura de cinco lojas Bom dia e uma Modelo só no primeiro semestre deste ano.
João Dolores, administrativo financeiro da Sonae, afirma que este é um conceito que os consumidores valorizam cada vez mais.
A proximidade e facilidade de acesso a estes estabelecimentos são razões que levam ao forte crescimento deste segmento nos últimos meses.
E como está a evoluir o segmento dos Shoppings?
Quanto aos grandes centros comerciais, os que se encontram numa fase de maturidade optam pela requalificação e atualização do espaço e serviços, de forma a ir de encontro com as novas necessidades e tendências de consumo dos clientes. A Worx refere como exemplos a renovação do NorteShopping, avaliada em 77 milhões de euros, e do Centro Comercial Colombo para a construção de um terceiro edifício de escritórios que irá custar cerca de 150 milhões.
Outro exemplo é a UBBO, antes conhecido como Dolce Vita Tejo, que pretende transformar o espaço no primeiro shopping resort de Portugal. O projeto inovador que tem como foco a otimização da customer experience junta lazer, shopping, entretenimento e gastronomia.