Num espaço de 64 hectares localizado ao longo da foz do Tejo e compreendido entre Pedrouços e a Cruz Quebrada, o projeto “Ocean Campus” apresentado esta segunda-feira pela ministra do Mar e pelos presidentes da câmara de Lisboa e Oeiras tem em vista transformar o lado ocidental da capital portuguesa na nova Expo.
No seguimento da concentração populosa de portugueses e turistas noutras zonas à margem do Tejo, como o miradouro do MAAT ou a praia urbana da Ribeira das Naus, este projeto de 300 milhões de euros pretende dar continuação a estas zonas de lazer e cultura ao mesmo tempo que recupera uma zona lotada de edifícios devolutos e contentores.
No final, se tudo correr bem, o projeto estará concluído dentro de dez anos e o investimento irá dividir-se em capital privado (219 milhões de euros), público-privado (76 milhões de euros) e 5 milhões de euros por parte do Estado.
O Ocean Campus será desenvolvido em três fases:
A primeira fase, em linha com a fundação Calouste Gulbenkian que se encontra junto deste novo espaço, terá um certo foco em Investigação e Desenvolvimento. Como tal, serão construídos laboratórios do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), residências temporárias para investigadores e centros de investigação. Serão também construídos espaços de restauração, edifícios empresariais e a nova Marina de Pedrouços. Prevê-se que esta fase esteja concluída em 2022 e irá custar 117,9 milhões de euros.
Na segunda fase pretende-se construir a Marina do Jamor, um hotel, um espaço empresarial e novos centros de investigação, e ainda a Blue Business School, uma escola superior com formação referente às Ciências do Mar. Nesta fase o investimento será de 152,2 milhões de euros e a sua conclusão está prevista para 2026.
Quanto à terceira e última fase, prevê-se que esteja concluída em 2030, com um investimento de 30 milhões de euros alocados essencialmente em arranjos externos e acessibilidades.
Ainda no âmbito da Investigação, Desenvolvimento e Inovação, o projeto tem em vista ainda criar um polo de startups com salas de reuniões, auditório e zona de exposições.
A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, garantiu que não se irão construir torres neste Campus, visto que o objetivo é a criação de espaços para uso público repleto de vida e experiências de cultura e lazer.