Em Portugal o valor dos ativos sob gestão de carteiras atingiu 71.700M€ no quarto trimestre de 2021. O crescimento correspondeu a mais 2.400M€ do que no trimestre anterior, conta a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Na gestão individual de ativos, o montante aumento 2,3% em relação a setembro, para 37.623M€. Para além disso, o país continuou como principal destino de investimento com 19.4% do total, seguido da Alemanha com 2% no trimestre, e Espanha que cresceu 1.7%.
“Os valores mobiliários cotados e as unidades de participação representavam 90,2% das aplicações. 161.5M€ foram destinados ao investimento em ações nacionais, mais 4,6% que no trimestre anterior”, avança o Expresso.
As aplicações em dívida pública nacional diminuíram para 7.021M€, menos 2,3% comprado com o trimestre anterior. Por outro lado, os valores aplicados em dívida pública estrangeira aumentaram 1,6% face aos três meses precedidos, mas desceram 32,6% em relação ao período homólogo. Quanto a aplicações em obrigações emitidas por entidades nacionais viu-se uma queda de 15% no último trimestre de 2021, enquanto as emitidas por entidades não residentes caíram à volta dos 1,6%.
Instrumentos coletivos para ativos sob gestão – interesse cresce
O valor gerido pelos fundos totalizou 34.082M€ no quarto trimestre no que toca à gestão coletiva de carteiras. Isto corresponde a mais 4,7% do que no terceiro trimestre de 2021 e mais 17% do que no mesmo período em 2020. Aqui é possível ver uma evolução muito positiva.
O investimento em ativos mobiliários, que inclui os OICVM (organismos de investimento coletivo em valores mobiliários) e os FIA (fundos de investimento alternativo mobiliário) arrecadou cerca de 19.860M€ até ao final do dezembro de 2021. Isto representa uma subida de 8%, comprado com setembro do mesmo ano, e de 35,4% em relação ao período homólogo. E nos dois casos o valor das carteiras subiu, com 8,2% no caso dos OICVM e 1,2% no caso dos FIA.
Para além disso, valor sob gestão dos fundos de ações dos OICVM aumentou perto de 21%, o dos fundos de obrigações teve uma queda de 3,2% e o dos fundos poupança reforma (FPR) subiu 9,2%. Por sua vez, o valor dos fundos do mercado monetário decresceu pouco mais de 3%.
Quanto a destinos de investimento em valores mobiliário no estrangeiro, os Estados Unidos, a Alemanha e o Luxemburgo foram os favoritos, cerca de 18%, 16% e 12% captados respetivamente. Portugal captou 4%, tendo quase 30% do valor das aplicações sido conseguida em ações, 13% em dívida pública e cerca de 43% em dívida privada.
Imobiliário com alterações nos valores
O investimento em ativos imobiliários, feito através de FII (fundos de investimento imobiliário) e de FEII (fundos especiais de investimento imobiliário) arrecadou cerca de 10.560M€ de valores sob gestão. Isto significou uma subida de 1,6% em relação ao terceiro trimestre de 2021. Nos FUNGEPI (fundos de gestão de património imobiliário) viu-se um decréscimo dos valores em 2,7%, com 402.3M€.
Os FTC (fundos de titularização de créditos) estavam a gerir à volta dos 3.262M€ no final de 2021. Isto representa 2,7% menos do que no trimestre antes, e menos 10,2% do que no mesmo período em 2020. Os créditos hipotecários, que correspondem a 99% do total de investimentos, continuaram a ser o principal ativo em carteira. Neste caso, também houve uma ligeira queda de quase 3% face ao trimestre de setembro, e 10,3% em relação ao período homólogo, totalizando 3.233M€.
Fonte: Expresso