A taxa mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação – a Euribor a 6 meses – voltou a ser positiva. Aconteceu pela primeira vez desde Novembro de 2015, nesta segunda-feira, ao se fixar nos 0,009%, mais 0,017 pontos do que na sexta-feira dia 3 de Junho.
As taxas Euribor a 3 e a 12 meses também demonstraram uma subida no dia 6 de Junho, e também atingiram novos máximos. Máximos estes que não se viam desde Junho de 2020 e Julho de 2014, respetivamente. Para além disso, taxa Euribor a 12 meses cresceu um correspondente de 0,521%. Isto significa mais 0,035 pontos percentuais e um novo máximo desde 2014.
No dia 12 de abril, a Euribor a 12 meses disparou para 0,005% e ficou pela primeira vez positiva desde 5 de Fevereiro de 2016. É de notar que esta taxa a um ano está em terreno positivo desde 21 de Abril. No mesmo sentido, a Euribor a prazo de 3 meses subiu também esta segunda-feira. Fixou-se, no entanto, nos -0,314%, o que significam mais 0,014 pontos percentuais do que na sessão anterior. Também corresponde a um novo máximo, que não se via desde Junho de 2020.
Foi a partir de dia 4 de Fevereiro que as Euribor começaram a subir mais significativamente, após o Banco Central Europeu ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano. Isto acontece devido ao aumento da inflação na zona euro, e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia ainda nesse mesmo mês de Fevereiro no dia 24.
A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras do Banco Central Europeu. As taxas Euribor a 3, a 6 e ao ano começaram a seguir um percurso negativo a 21 de Abril de 2015, a 6 de Novembro de 2015 e 5 de Fevereiro de 2016, respetivamente.
A prazo de 3, 6 e 12 meses, as taxas Euribor registaram mínimos históricos a 14 de Dezembro de 2021 e 20 de Dezembro de 2021 com, respetivamente, -0,605%, -0,554% e -0,518%. “As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.”, explica o Jornal de Negócios.